CANÇÃO DA CRIAÇÃO
1. Não havia, ainda, nem o não-ser, nem o ser. Não havia nem atmosfera, nem o céu por cima. O que passava para cá e para lá? Onde? Sob a guarda de quem? O que era o inescrutável?... Nem morte, nem imortalidade havia então. Não existia sinal de dia e noite. Respirava segundo sua própria lei Sem sopro de vento, esse UM. Qualquer outra coisa, senão essa, não existia. No começo a treva se ocultava na treva... O elemento vital, circundado pelo vazio... O UM nasceu pelo poder de seu ardente afã... Pois havia um abaixo, havia um acima?... Quem sabe ao certo? Quem pode aqui anunciá-lo, de onde se formou, de onde veio esta Criação? ******** 2. Nasceu como um ponto luminoso, Que, irmão de milhares de outros pontos Suas firmes trajetórias iniciaram Sob as leis do pai o movimento, Obedecendo à mãe, a gravidade, Puseram-se a girar... a girar vertiginosamente Formando imensas espirais... As espirais foram-se expandindo, Em anos luz distanciando-se Explodindo milhares de outros mundos Com a nossa Terra ocupando apenas, Um cantinho desse gigantesco disco! ******** 3. E... No show do Cosmos... vê-se o desfile dos astros que à distância luz daqui, minha alma eterna contempla! As estrelas brincam entre as nebulosas perdidas, Formando o retrato de Deus, enquanto deslizo no azul, De braços abertos saudando, as obras da Criação! ******** Jundiaí, 25 de maio de 2012 Apresentação no Sarau do Barão Jundiaí-SP 1ª parte : (Livro Hindu: Rigveda, 1700 anos A.C.) 2ª e 3ª partes : (autoria de Helenice Rodrigues - 1989)
Helenice Rodrigues
Enviado por Helenice Rodrigues em 28/05/2012
Alterado em 28/05/2012 Copyright © 2012. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |